Este blog foi produzido com as constribuições dos alunos das turmas de 1ª serie do prof Aurelio Fernandes.




Origens dos povos indígenas das Américas

Esta teleaula abre a primeira unidade do curso de História, que estudará a história dos povos indígenas da América, do seu encontro com os europeus no século XV, das relações que, a partir daí, se estabeleceram. Vamos conhecer a importância dos povos da África e do oriente na formação de Portugal e a história desses europeus antes de chegarem à América Portuguesa, o futuro Brasil. Entenderemos, também, o que trouxe os portugueses aqui e aprenderemos sobre a formação do Brasil quando ainda era América Portuguesa.



O Povo Brasileiro - Matriz Tupi



Baseado no livro homônimo de Darcy Ribeiro, com o próprio, Chico Buarque e outros. Primeira parte com a nossa "herança índia" até a chegada dos portugueses.

Matriz Tupi



Indios

Indíos brasileiros

A chegada à América

Nesta teleaula você conhecerá a história da chegada dos europeus na terra que, depois, foi chamada de América. Além disso, aprenderá que lá existiam civilizações desenvolvidas e ouvirá um pouco das dificuldades que os antigos navegantes tinham que enfrentar quando saíam com suas caravelas no mar.



Arqueólogo encontra prova do início do massacre de nativos da América por europeus

LIMA - O arqueólogo peruano Guillermo Cock descobriu em uma escavação o primeiro crânio já encontrado de um nativo do Novo Mundo morto pelo disparo de um conquistador espanhol. Especialistas forenses chamados para analisar um buraco encontrado no crânio confirmaram que o a vítima foi morta com um tiro. Análises de peritos americanos determinaram que a morte aparentemente ocorreu em 1536, pouco depois da fundação de Lima.


A bala pode ter sido disparada por um arcabuz, uma antiga arma de fogo comum na Espanha naquela época, cujo uso foi rapidamente propagado no Novo Mundo. Os trabalhos de Cock, um arqueólogo com 20 anos de experiência, foram financiados pela "National Geographic", que divulgará nesta quarta-feira, em Washington, mais detalhes sobre a descoberta.

- É a primeira vez que descobrimos um cadáver com um buraco causado pelo impacto de uma bala de arcabuz, as armas dos conquistadores espanhóis do século XVI - disse Cock.

Para os especialistas, a descoberta abre a possibilidade de se reescrever esse período da História. Na terça-feira, Cock disse que a descoberta de 483 sepultamentos em Puruchuco, subúrbio de Lima, revela detalhes que contrastam com as versões dos cronistas da conquista do Novo Mundo.

A equipe concluiu que a maioria das pessoas achadas ali morreram de maneira violenta, vítimas de armas tradicionais, como lanças de pedra, e que, seguramente, foram mortos por outros nativos. Aparentemente, os indígenas do povoado de Guailas, descontente com o governo inca, aliaram-se aos espanhóis, graças à mediação da princesa inca Inés Huaylas, concubina do conquistador espanhol Francisco Pizarro. Os sepultamentos não foram feitos de acordo com o rito inca, possivelmente devido à pressão criada pela batalha.

- Vamos ter que olhar a História como um processo muito mais complexo, não são simples como um pequenos grupo de espanhóis ter sido capaz de dominar todo o império inca - disse Cock.

O cemitério de Puruchuco, descoberto em 2004, quando começaram as escavações para a construção de uma avenida, é considerado uma prova do Cerco de Lima, episódio que culminou com a morte do líder dos incas rebeldes, Quizo Yupanqui. Os corpos foram datados de agosto de 1536.

Segundo Cock, para os espanhóis de Pizarro, a batalha após o Cerco de Lima foi especialmente importante, porque significou uma vitória fundamental após várias derrotas para o poderoso império inca.

- Os restos estavam muito perto da superfície, não estavam orientados em direção ao noroeste e estavam envoltos em telas simples, não como exigiam os ritos funerários. E não tinham oferendas - descreveu Cock.

Para ele, a falta de rigor pode se explicar pelas circunstâncias extremas posteriores à batalha e "pelo temor dos incas de serem encontrados enterrando os seus". Além disso, podem ter pesado a desestruturação da sociedade inca na conquista espanhola e o possível desaparecimento dos especialistas em ritos funerários.

Todos os restos encontrados no cemitério eram de indígenas de 18 a 24 anos. Três eram mulheres. Trinta e cinco foram seguramente vítimas de doenças trazidas pelos colonizadores.

Descoberta da América: As viagens de Cristóvão Colombo

Da Página 3 Pedagogia & Comunicação


O historiador Carlos Guilherme Mota concedeu a entrevista que segue ao site Educação, do UOL, sobre o descobrimento da América, ocorrido em outubro de 1492.

Para começar, pode-se encarar a travessia do Atlântico por Cristóvão Colombo como uma grande aventura?

Sim, mas não se tratou de uma aventura isolada. Ela ocorreu num contexto mais amplo, em que europeus de diversas nações, em especial espanhóis e portugueses, voltavam sua atenção para a atividade mercantil e aumentavam seus conhecimentos de navegação.

Por que isso ocorria?

Tanto o descobrimento da América, em 1492, quanto o do Brasil, em 1500, estão ligados à expansão comercial europeia, no fim da Idade Média. Em 1453, os turcos tomaram Constantinopla e bloquearam o comércio europeu com as Índias pelo mar Mediterrâneo. Isso acelerou a procura de caminhos alternativos aos que vinham sendo trilhados desde a Antiguidade.

O Renascimento que marca o fim da Idade Média pode ser relacionado às Grandes Navegações e aos descobrimentos?

Sem dúvida. Afinal, o Renascimento foi um movimento cultural, técnico e científico. A cartografia conheceu grande desenvolvimento, revelando o verdadeiro tamanho da Terra, com maior precisão nas medidas. O aperfeiçoamento da náutica, o astrolábio, o conhecimento dos astros, o surgimento de novas embarcações, como a caravela, tudo isso contribuiu, principalmente, para a expansão da mentalidade europeia.

As pessoas da época tinham consciência dessa expansão?

Colombo tinha uma certa consciência do que estava ocorrendo. Ele costumava dizer: "Andando mais, mais se sabe".

Nesse sentido, de mentalidade e não de biografia, quem era Cristóvão Colombo?

Era um homem de um tempo de transição, que ainda guardava características do homem medieval: apegado à Bíblia, respeitava a Inquisição e acreditava na ideia de "civilizar" os povos que encontrara no Novo Mundo. Ao mesmo tempo, ele só pôde chegar ao que pensava serem as Índias porque dominava certas técnicas e elementos da moderna ciência da natureza.

E como era, de maneira geral, a mentalidade do homem europeu da época?

As mentes europeias eram dominadas pelos mitos: as fontes de ouro estariam na costa africana, o Paraíso terrestre estava à espera dos aventureiros e descobridores. Os pescadores anônimos alimentavam lendas, contavam histórias fantásticas sobre as ilhas Malditas e Afortunadas, sobre ilhas perdidas... histórias que faziam parte de sua tradição oral. Eram homens que desbravavam os oceanos em busca de alimento. Mas é bom lembrar que, de concreto, os italianos de Florença têm notícia de uma possível rota ocidental para o Oriente das especiarias.

Portugal, entretanto, parece ter preferido não seguir essa rota ocidental...

Os portugueses estavam divididos no que se refere a procurar o caminho das Índias. Explorar gradualmente a costa africana e dobrar o cabo das Tormentas, depois chamado de Boa Esperança, ou tentar a rota ocidental? A ideia de que a Terra é esférica já estava evidente para viajantes como o mestre João Farras, que seria membro da tripulação de Cabral... De qualquer modo, prevaleceu a tese de uma exploração paciente pela costa da África. A propósito, era essa mesmo a opção correta para se chegar às Índias das especiarias, a Índia atual, bem como à China e ao Japão, que então era conhecido como Cipango.

Quais eram os resultados práticos dessas viagens?

Foram entrando em circulação pelas cidades e feiras europeias as mercadorias vindas de fora do continente: ouro, escravos, açúcar, vinho, tinturas para tecido, cereais, várias especiarias. E de Portugal saíam utensílios de latão, de cobre, panos, sal. A expansão europeia alimentava-se de novas trocas. E, para ampliar seu alcance, precisava de homens: dentre muitos, Cristóvão Colombo foi um deles.

Qual a relação de Colombo, que era genovês, com Portugal?

Segundo uma lenda, numa expedição a Flandres, seu barco teria sido assaltado por um corsário francês; Colombo salvou-se a nado, retornando à costa portuguesa. O que se sabe com certeza é que Colombo conhecia bem Portugal, onde foi representante da família italiana Centurione, que negociava com os países ibéricos. Em 1479, ele estava em Lisboa, tratando do comércio de açúcar da ilha da Madeira. Nesse período ele certamente reforçou suas relações com o meio comercial e náutico de Lisboa. Fez viagens à costa africana e se se informou sobre as rotas comerciais.

Não é nessa época que ele mantém uma correspondência com o famoso cosmógrafo Paolo Toscanelli?

É. Ele escreveu cartas sobre a esfericidade da Terra e a possibilidade de descobrir o caminho das Índias navegando para o Ocidente.

Mas por que, afinal, Colombo não navegou sob a bandeira de Portugal?

Existem indícios de que ele ofereceu seus serviços ao rei dom João 2º. de Portugal, mas sem obter sucesso. Então, depois de algum tempo, Colombo acabou assinando um contrato com o rei da Espanha, em 17 de abril de 1492. Pelo contrato, foi nomeado Almirante dos Mares, Vice-rei e Governador das novas terras que eventualmente viesse a descobrir na Ásia.

Agora, por favor, vamos nos concentrar nas viagens de Colombo à América. Para começar a primeira...

Colombo deixou o porto de Palos, na Andaluzia, Espanha, em 3 de agosto de 1492. Comandava uma nau, a Santa Maria, e duas caravelas, Pinta e Nina. Graças aos ventos alísios, navegou com boa velocidade e logo alcançou a ilha Grande Canária. Ele escondeu de sua tripulação o número de léguas navegadas para não assustar os marinheiros, mas ainda assim enfrentou um motim. Afinal, em 12 de outubro encontrou a ilha de Guanaani, atual Watlig, no arquipélago das Bahamas. Batizou-a de San Salvador. Em 29 de outubro chegou à costa de Cuba e, a 15 de dezembro, ao Haiti, que chamou de Hispaniola. Em 16 de janeiro do ano seguinte, começou o regresso, mas Colombo deixou em Hispaniola cerca de 40 homens.

Como foi a recepção do navegador na Espanha?

O que você acha? Ele foi recebido em Palos, em 15 de março de 1493, com todas as honras. Estava no apogeu de sua glória, ao contrário do que ocorreu em sua segunda viagem à América, da qual retornou cansado e doente, ou da terceira, em que voltou preso, acorrentado...

Preso?

Na terceira viagem, surgiram conflitos, entre nativos e europeus, que Colombo não conseguiu controlar - e o representante da Coroa espanhola mandou prendê-lo. Seis semanas depois de seu regresso à Espanha, os reis ordenaram sua libertação.

O que há a destacar na segunda e na terceira viagens?

Os locais visitados ou descobertos, de que os espanhóis tomaram posse, como Porto Rico e a Jamaica, só para dar dois exemplos.

E quanto à quarta e última viagem?

Também foi uma viagem desastrada, que não atingiu seu objetivo. A tripulação foi assolada pela fome e por doenças. O governador das Índias Ocidentais, como se chamavam as terras descobertas, teve de arranjar uma pequena nau para Colombo regressar à Espanha, onde ele chegou em novembro de 1504, pouco antes da morte da rainha Isabel, a última aliada desse pioneiro, cujo prestígio decaíra muito.

Mas Colombo não parou de navegar...

(Risos) Nem depois de morto. De Valladolid, na Espanha, suas cinzas foram transferidas para Cuba e colocadas no centro da capital, Havana. Posteriormente, foram doadas à República Dominicana, mas acabaram sendo mandadas de volta à Espanha, onde se encontram hoje, na catedral de Giralda, em Sevilha.

Por que a América não se chama Colômbia, em homenagem ao descobridor?

Porque Américo Vespúcio publicou, em 1503, o livro "Mundo Novo", em que defendia a ideia de que as terras encontradas faziam parte de um continente desconhecido e não da Ásia. Em homenagem a esse navegador, também italiano, que provou sua tese por meio de estudos e viagens, adotou-se o nome de América para o novo continente.
Para terminar, qual o significado do descobrimento da América?

É um dos acontecimentos mais importantes dentre os que definem o início da história moderna. As navegações de Colombo provaram a esfericidade da Terra e permitiram que os europeus entrassem em contato com civilizações que desconheciam. Isso abriu um novo capítulo na história da expansão europeia, marcada pela guerra de extermínio que sucedeu ao longo do período colonial, inclusive nas terras que constituíram o Brasil atual. Houve, sim, genocídio. Os historiadores de hoje até se perguntam se houve um descobrimento ou o "cobrimento" de várias civilizações indígenas. De minha parte, fico com a ideia de "cobrimento"!

O historiador Carlos Guilherme Mota é professor titular em História pela Universidade de São Paulo e tem pós-doutorado na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos. Foi professor visitante das Universidades do Texas, Londres e Stanford.

Américo Vespucio

Américo Vespucio

Colombo

Colombo

Pizarro

Francisco Pizarro

Pizarro e os Incas

é um documentário em cinco partes, narrado em espanhol - sobre a conquista espanhola da Império Inca.


Todas as cinco partes em: Pizarro y los Incas
 

Vida de Hernan Cortés

Vida de Francisco Pizarro

O DESCOBRIMENTO DO BRASIL (HUMBERTO MAURO) - 1937

Transcrição fílmica da Carta de Achamento do Brasil, escrita pelo escrivão da frota, Pero Vaz de Caminha.


Ficha Técnica

Título Original: Descobrimento do Brasil

Gênero: Aventura

Duração: 90 min.

Lançamento (Brasil): 1937

Estúdio: Cinédia

Distribuição: D.F.B. (Distribuidora de Filmes Brasileiros)

Direção: Humberto Mauro

Roteiro: Humberto MauroArgumento: Humberto Mauro e Affonso de Taunay

Assistente de direção: Bandeira Duarte

Diretor de diálogos: Bandeira Duarte

Produção: Alberto Campiglia , Instituto do Cacau da Bahia e Brazília Filme

Música: Heitor Villa-Lobos

Fotografia: Manoel P. Ribeiro, Alberto Botelho, Alberto Campiglia e Humberto

Desenho de Produção: Bernardino José de Souza e Arnaldo Rosenmayer Caracterização: Antônio de Assis

Elenco

Álvaro Costa (Pedro Álvares Cabral)

Manoel Rocha (Pero Vaz de Caminha)

Alfredo Silva (Frei Henrique de Coimbra)

De Los Rios (Duarte Pacheco)

Armando Duval (Nicolau Coelho e Bartolomeu Dias)

Reginaldo Calmon (Índio Aracati)

João de Deus (Ayres Correacapitão de uma das naus)

João Silva (frade)

Artur Castro (frade)

J. Silveira (Alfredo Cunha)

Arthur Oliveira (Pedro Escobar)

Hélio Barrozo Neto (Edgar)

Costa Henrique (marinheiro)

Humberto Mauro

João Mauro



Curiosidades


- Baseado na carta de Pero Vaz de Caminha

- Exteriores: Ilha do Governador, praia da Freguesia, Campo Grande (derrubada do jequitibá) e Ilha d'Água.

- O filme, patrocinado pelo Instituto de Cacau da Bahia, estreou no Palácio Teatro do Rio de Janeiro a 6 de dezembro de 1937.

- A 30 de novembro houve uma sessão especial para autoridades e convidados. Uma das características do filme foi a reconstituição, em tamanho natural, com detalhes, da nau capitânia de Cabral, construída diante dos camarins da Cinédia, assim também como as miniaturas, por José Queiroz. Já anteriormente, em "Bonequinha de seda", o mesmo técnico havia feito as miniaturas superpostas no ângulo da câmera.

- Foi exibido em Portugal, merecendo elogios dos jornais O Século e Diário de Notícias.

1492 - A Conquista do Paraíso

Filme de 1992 produzido pelo Reino Unido, Estados Unidos, França e Espanha, do gênero drama histórico, dirigido por Ridley Scott.


É apontado pelos críticos como um dos melhores filmes do diretor Ridley Scott.

 Sinopse

O filme narra com grande fidelidade a história do navegador genovês Cristovão Colombo. Muito mais do que contar os fatos marcantes do descobrimento da América, o diretor mostra Colombo como alguém que está realizando algo grandioso, cumprindo um ritual digno de herói. Tanto seu idealismo frente a intolerância de sua época, como a epopéia de sua chegada ao Novo Mundo e sua convivência com os índios são apresentadas de maneira precisa.

Elenco

Gérard Depardieu .... Cristóvão Colombo

Sigourney Weaver .... Rainha Isabel

Armand Assante

Loren Dean

A Civilização Inca

A História da Civilização Inca (em inglês)

Todas as cinco partes em: A Civilização Inca

Parte 1

Construindo um Imperio - Os Maias

O império maia guarda grandes mistérios. Entre os anos 250 e 900 DC construíram altas pirâmides e palácios para honrar a seus deuses, sem a ajuda de metal, animais de carga e nem sequer da roda. Una-se a esta grande aventura da engenharia para conhecer o segredo de um dos impérios mais poderosos da América Central.

Todas as cinco partes em: Construindo um Imperio - Os Maias


Parte 1

Construindo um Império: Os Astecas

Não houve império mais poderoso no Novo Mundo do que o império Asteca. Eles superaram os maiores desafios da engenharia e construíram a incrível cidade de Tenochtitlán no meio de um lago. Este apoteótico império fará você acreditar que sonha… da mesma forma como aconteceu com seus conquistadores.

Todas as cinco partes em: Construindo um Império: Os Astecas



Parte 1